Ao longo de nossa jornada profissional na área de educação, desenvolvemos diversificadas atividades que caem no esquecimento por não termos o hábito de as registrarmos. Neste sentido, este blog foi criado para viabilizar a divulgação de tais ações, bem como para servir de fonte de pesquisa àqueles que querem ampliar seus conhecimentos na área de Língua Portuguesa e conhecimentos gerais.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Vagas Gratuitas
O SENAC amplia ainda mais o seu compromisso com o país ao oferecer, aos brasileiros de baixa renda, vagas gratuitas em diversos cursos, da Formação Inicial ao Nível Técnico.
O Programa Senac de Gratuidade significa educação profissional de qualidade para que milhares de pessoas possam planejar seus estudos e ter mais oportunidade de trabalho e emprego.
Inscrições abertas de 22/11 a 10/12/2010.
Maiores detalhes sobre o PSG no site: http://www.sends.com.br/psg/psg.php
sábado, 23 de outubro de 2010
PARÁ: TERRA DE GENTE QUE LÊ
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
LEITURAS OBRIGATÓRIAS - UEPA 2011
1ª etapa
Gil Vicente – O Velho da horta
Gregório de Matos Guerra: Sátira
Autores: Cláudio Manuel da Costa e Bocage (Neo classicismo/Arcadismo), Luiz de Camões (Classicismo) e Gregório de Matos Guerra (Barroco).
2ª etapa
Autores: Álvares de Azevedo e Castro Alves (Romantismo), Olavo Bilac (Parnasianismo), Cesário Verde (Realismo)
Almeida Garret: Frei Luis de Sousa
Bernador de Guimarães: A escrava Izaura
Machado de Assis: Contos (Capitulo do chapéus, D. Paula e Uma Senhora)
Eça de Queirós: Contos (No moinho)
Inglês de Souza: Contos Amazônicos : O Rebelde.
3ª etapa
Autores: Alphonsus de Guimaraens e Camilo Pessanha (Simbolismo), Manuel Bandeira, Mário Faustino (Modernismo)
Fernando Pessoa (heterônimo: Ricardo Reis)
Miguel Torga: Novos Contos da Montanha (Natal, A confissão, O Lopo)
Nelson Rodrigues: Vestido de noiva
Graciliano Ramos: Vidas Secas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE PROCESSOS SELETIVOS
Se você está inscrito no ENEM 2010 e deseja inscrever-se no Concurso Vestibular 2011 da UFPA, então, clique aqui.
UFPA - VESTIBULAR 2011
LEITURAS RECOMENDADAS
· Gil Vicente – O Velho da Horta.
· Leitura do episódio de Inês de Castro (Canto III, estrofes 118 a 135) de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
· Lirismo (religioso e amoroso) e a sátira de Gregório de Matos Guerra.
· Poemas líricos de Cláudio Manuel da Costa e Bocage.
· Leitura de poemas de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves.
· Leitura de poemas de Almeida Garret.
· Leitura do romance Cinco Minutos, de José de Alencar.
· Leitura de O Juiz de Paz na Roça, de Martins Pena.
· Leitura da novela Amor de Perdição, de Camilo castelo Branco.
· Leitura de “O Alienista”, de Machado de Assis.
· Leitura do conto “José Matias”, de Eça de Queiroz.
· Leitura dos contos amazônicos “Voluntário”, “Acauã”, “A quadrilha de Jacó Patacho”, de Inglês de Souza.
· Leitura de poemas de Cesário Verde e de Olavo Bilac.
· Leitura de poemas de Camilo Pessanha e Alphonsus de Guimaraens.
· Leitura dos poemas de Fernando Pessoa (heterônimo: Alberto Caeiro).
· Leitura dos poemas de Manuel Bandeira.
· Leitura dos poemas de Mário Faustino.
· Leitura do conto Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
· Leitura do conto Embargo, da obra Objecto Quase de José Saramago.
· Leitura do conto Campo Geral (Manuelzão e Miguilim), de Guimarães Rosa.
UFPA - VESTIBULAR 2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSOS SELETIVOS – COPERPS C O M U N I C A D O A Comissão Permanente de Processos Seletivos (COPERPS) da Universidade Federal do Pará (UFPA) COMUNICA, aos candidatos que concorrerão ao VESTIBULAR - UFPA/2011 que os conhecimentos a serem abordados na Prova da Segunda Fase corresponderão às 4 (quatro) diferentes Áreas apresentadas na Matriz de Referência do ENEM 2010 (a Matriz de Referência do ENEM 2010 Belém, 19 de setembro de 2010 A Coordenação |
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Inscrições para o Enem 2010 vão de 21 de junho a 9 de julho
Caros vestibulandos, fiquem ligados no período de inscrição do Enem! Não se esqueçam de que este ano a UFPA irá usar este exame como a 1ª fase do seu processo seletivo.
O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, anunciou hoje que as inscrições para o Enem deste ano começam no dia 21 de junho, e seguem até 9 de julho. O anúncio foi feito durante entrevista concedida ao lado da secretária de educação superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci. As provas serão aplicadas nos dias 6 e 7 de novembro.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Mini curso de Saúde vocal para professores
ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO - 2011
sábado, 12 de junho de 2010
MATERIAL PARA CONVÊNIO - ORLANDO BITAR
Um abraço!
Profª Kátia Tavares
Acesse este link para ver o conteúdo: http://www.coladaweb.com/literatura/pre-modernismo
terça-feira, 1 de junho de 2010
INFORME SOBRE A GREVE
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará conseguiu vitória contra a decisão da prefeitura municipal de Oeiras do Pará, que determinou o corte de ponto dos trabalhadores em greve naquele município. Esta decisão é inédita no Pará e servirá como jurisdição para ações de corte de ponto por parte dos governos do Estado e municípios.
Segundo despacho do Juiz José Ronaldo Ferreira Sales diz que:
“O direito de greve do servidor público é assegurado pelo art. 37, VI da CF/88 ao dispor que “... será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”.
Segundo o entendimento do magistrado, passaram-se mais de vinte anos da promulgação da Constituição Federal de 1988 e não foi ainda editada a referida lei. O juiz ainda completa: “... a norma constitucional, de eficácia contida, não poderia resultar esvaziada pela mora do legislador ordinário... A sua finalidade é definir os termos e os limites do exercício desse direito. A pretexto de regulamentá-lo, não se poderia suprimir o seu núcleo essencial”.
A decisão ainda comenta o seguinte: “... pensando nisso, o Supremo Tribunal Federal modificou seu entendimento a respeito. No julgamento dos Mandados de injunção nº 670, 708 e 712, a Suprema corte definiu que, até a edição da Lei prevista no dispositivo constitucional, deve-se adotar, para as greves no setor público, a Lei nº 7.783/79, aplicável aos trabalhadores em geral, cujo art. 6º, §2º, prevê:
Art. 6º - São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
(...)
§2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.
“Embora a jurisprudência oscile entre uma e outra orientação – entre vedar ou possibilitar o desconto dos dias parados – tenho para mim que o exercício de um direito, quando não abusivo, não pode redundar em punição ao seu titular. A sanção é o resultante da violação e não do exercício regular de um direito. A greve, enquanto não declarada abusiva ou ilegal, é um direito legitimamente garantido ao servidor ou trabalhador, sem as peias ou amaras que não tenham respaldo legal”.
Sendo assim, essa decisão inédita no Estado do Pará, deverá servir, também, como jurisprudência para que atos de criminalizar os trabalhadores que estão em greve desde o dia 7 de maio, não venham a acontecer.
Quanto à decisão do Governo Ana Júlia em pedir a abusividade da greve, está a nosso favor as decisões dos magistrados do Superior Tribunal Federal, aplicada aqui no Pará por um dos poucos juízos com coragem para valer os direitos dos trabalhadores, que usam a lei para consagrar o direito de protestar e reivindicar contra as atrocidades cometidas por este governo.
Baixe aqui a decisão completa: http://www.sintepp.org.br/userfiles/file/senten%C3%A7a.pdf
SOJA
Abraços! Kátia Tavares
Cure-se com o poder da soja
Há cada vez mais gente em Portugal a consumir este alimento. Perceba o porquê
A soja é um alimento proveniente da China que está a conquistar o Ocidente não só pela sua versatilidade como pelos inúmeros benefícios que tem para a saúde. Consumida sob a forma de leite, tofu ou granulado, pode ser a cura de muitos males.
Devido ao seu elevado (e reconhecido) teor de ácidos gordos poli-insaturados, fibra, vitaminas e minerais e ao seu reduzido teor de gordura saturada, o consumo de soja e produtos derivados pode ter um papel importante na prevenção das doenças cardiovasculares, no combate à osteoporose e a alguns sintomas desagradáveis da menopausa, na redução dos níveis do chamado colesterol mau (LDL) e na prevenção de alguns cancros.
Apesar de ser uma leguminosa, a soja apresenta características muito diferentes das leguminosas convencionais (feijão, grão, lentilhas, favas ou ervilhas). Tem um valor proteico superior e contém todos os aminoácidos essenciais.
O seu teor proteico é de tal forma substancial que se equipara ao da carne, sendo quatro vezes superior ao do ovo e 12 vezes maior que o do leite. Rica em potássio e fósforo, as suas sementes têm uma grande quantidade de vitaminas como a A, B, C e D.
Para além disso, a soja:
Actua na prevenção de doenças cardiovasculares
Ao contrário da carne e de outros produtos de origem animal, a soja conta com uma quantidade mínima de ácidos gordos saturados e não contém colesterol, pelo que, consumida em substituição de proteínas de fontes animais, reduz este tipo de patologias.
Ajuda a regular o peso
O seu elevado teor de fibra contribui para o controlo do peso, uma vez que torna a digestão dos alimentos mais lenta, aumentando a sensação de saciedade e retardando a absorção de alguns nutrientes, principalmente a glucose.
Facilita também o trânsito intestinal
Para além disso, pode auxiliar na manutenção de um peso saudável devido ao seu moderado teor de lípidos. "No entanto, há que ser criterioso e não consumir a soja na forma de produtos fritos: salgados ou hambúrgueres, muitas vezes fritos e cheios de gordura!", alerta a nutricionista Florbela Mendes.
Pode ajudar a prevenir alguns tipos de cancro
Vários estudos têm relacionado a proteína de soja e os seus componentes bioactivos (isoflavonas) com a prevenção do cancro da mama, endométrio, cólon e próstata, indiciando, até, que a baixa incidência deste tipo de patologias na China e Japão pode estar relacionada com a ingestão elevada desta leguminosa, rica em isoflavonas de soja (em particular, a ginesteína e a diadzeína), que ajudam a inibir o crescimento de células cancerígenas.
Contudo, há outros estudos que não sustentam estas alegações. Este é um tema ainda controverso.
Combate a osteoporose
Apesar de ser pobre em cálcio, a soja aumenta a retenção deste mineral no organismo, uma vez que, ao contrário da proteína animal, não favorece a sua excreção pela urina, impedindo a perda de massa óssea.
Reduz os sintomas da menopausa
Os estudos feitos até agora demonstram que a baixa incidência de perturbações associadas à menopausa nas mulheres japonesas está associada aos hábitos alimentares de consumo de soja.
O motivo? As isoflavonas de soja apresentam um efeito protector semelhante ao dos estrogénios: reduzem significativamente os afrontamentos, restabelecem o bem-estar psicológico e afectivo, impedem a perda de massa óssea, controlam o colesterol e a hipertensão arterial, previnem as alterações cardiovasculares, mantêm a libido e controlam o peso.
O PODER DA LINHAÇA
Para aproveitar tudo que a linhaça tem de bom, a dica é triturá-la. O liquidificador, portanto, é muito bem-vindo
Estudos quentíssimos mostram que a semente do linho é mesmo capaz de impedir o crescimento do câncer de mama. Mas existem macetes na hora do consumo que você precisa conhecer para tirar o melhor proveito desse superalimento. Estão todos aqui!
Contam os arqueólogos que a linhaça era usada em mumificações no Egito. Outros achados apontam que era empregada com sucesso para tratar ferimentos. E, se antigamente fazia parte até mesmo de rituais, hoje ela marca presença nos laboratórios de grandes centros de pesquisa em nutrição. Na Universidade de Toronto, no Canadá, por exemplo, a cientista Lilian Thompson comprovou que a semente é capaz de barrar a metástase em pacientes com câncer de mama ou seja, a linhaça evitou que o tumor se espalhasse e tomasse conta do organismo.
Esse excelente resultado foi apresentado no 6° Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos, que aconteceu no mês passado na Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Segundo a pesquisadora canadense, "trabalhos realizados em várias universidades mostram que a semente é capaz de diminuir o risco de outros tumores, como o de cólon e o de próstata". Somem-se essas boas notícias ao fato de a linhaça ajudar a controlar os níveis de colesterol.
Aqui no Brasil, mais precisamente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a equipe do Departamento de Nutrição também anda analisando a linhaça. O enfoque, entretanto, é outro. "Investigamos a segurança no consumo", conta a nutricionista Ana Vládia Bandeira Moreira. Explica-se: embora contenha substâncias capazes de prevenir doenças letais, o que faz dela um alimento funcional de primeira grandeza, a linhaça carrega compostos que poderiam interferir na absorção de nutrientes. Por enquanto o que se sabe é que o aquecimento da semente neutraliza esse inconveniente. Isso porque, segundo Ana Vládia, o calor diminui a atividade de algumas proteínas suspeitas de atrapalhar o aproveitamento de sais minerais. A sugestão é deixar a linhaça no forno baixo por 15 minutos. "Claro que, se ela for usada na preparação de receitas assadas, como pães ou biscoitos, não precisará disso", diz a pesquisadora, que continua mergulhada em seus estudos.
Outra dica para aproveitar ao máximo a semente é triturá-la no liquidificador. "É que a casca, bastante resistente, pode passar intacta pelo aparelho digestivo", justifica a farmacêutica bioquímica Rejane Neves-Souza, professora de nutrição da Universidade do Norte do Paraná. E aí as substâncias benéficas ficam impedidas de sair. "Mas tem que bater e comer logo, porque a linhaça é muito suscetível à oxidação", ensina o bioquímico Jorge Mancini Filho, da Universidade de São Paulo.
Os cientistas só não chegaram ainda a uma conclusão sobre a quantidade ideal de consumo. "Estamos em busca dessa resposta", suspira a nutricionista Ana Vládia. Quem dá bem a medida (sem trocadilho) da indefinição é a farmacêutica bioquímica Rejane Neves. Ela conta que já viu sugestões de porções as mais variadas de 25 gramas (1 colher de sopa bem cheia) até 45 gramas (quase 2 colheres) por dia. E comenta que alcançar esta última indicação é bem mais difícil. "A inclusão da semente no dia-a-dia deve ser gradativa".
DOURADA
É bem mais difícil encontrar a linhaça clara aqui no Brasil, já que ela aprecia climas frios. Geralmente é importada do Canadá. "Seu sabor é mais suave do que o da escura", descreve a farmacêutica bioquímica Rejane Neves-Souza, da Universidade do Norte do Paraná.
MARROM
A semente escura, nativa da região mediterrânea, já está adaptada ao solo brasileiro, onde se deu bem por causa do clima quente. Por isso é mais fácil encontrá-la por aí. Comparada com a dourada, a casca é um pouco mais resistente. Quanto aos nutrientes, não perde nada para a outra variedade.
Afinal, o que faz da linhaça um superalimento? "Sua casca guarda um mix de proteínas, minerais e vitaminas", responde o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. Vale destacar a vitamina E, que contribui para o funcionamento celular e, por isso, afasta o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.
Outros ingredientes que compõem sua poderosa fórmula são o ômega-3 e o ômega- 6, atuando em perfeita harmonia. Essa dupla, nunca é demais lembrar, garante a saúde cardiovascular. Afinal, ambos atuam na redução do LDL, o mau colesterol, responsável por estragos nas artérias. "Diversos trabalhos apontam a semente do linho como protetora do coração", reforça Jocelem Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais e professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior paulista.
INGREDIENTE DE DESTAQUE
Entretanto, o que torna a linhaça ímpar pra valer atende pelo nome de lignana, substância que começa a sair do anonimato. Não é para menos. Ela praticamente faz as vezes do estrógeno. "Ao se ligar a receptores celulares, a lignana funciona como um falso hormônio", justifica a farmacêutica bioquímica Rejane Neves- Souza. É o que os especialistas chamam de fitoestrógeno. Aliás, foi justamente esse componente o mais mencionado nos trabalhos da canadense Lilian Thompson.
Segundo a pesquisadora, estudos com grande número de pacientes mostram a relação entre a lignana e a redução dos tumores de mama. Esse composto comprovadamente atua na apoptose celular, um mecanismo de defesa que provoca o suicídio das células defeituosas. O incrível é que, no caso do câncer, esse programa de autodestruição simplesmente não costuma funcionar. Mas a lignana topa a parada e ativa a contagem regressiva para a célula doente se explodir. E olha que nem os grandes centros de pesquisa conseguiram desenvolver a contento drogas com essa capacidade. "Observamos esse efeito em 39 pacientes", afirma Lilian, que as orientou a consumir 25 gramas de linhaça por dia durante pouco mais de um mês.
A observação desses indivíduos pela equipe da Universidade de Toronto foi rigorosa. A linhaça ressalta a pesquisadora só pode ser usada no tratamento do câncer sob estrita avaliação médica. E é bom que se diga: mesmo quem está saudável não está livre para ingerir o alimento à vontade. "O excesso pode prejudicar a membrana das células", avisa o nutrólogo Durval Ribas Filho. E para quem pensa em lançar mão de pílulas de óleo de linhaça, alto lá! "Ingerir cápsulas de suplemento, aí mesmo só sob orientação!", avisa Durval.
sábado, 29 de maio de 2010
AGENDA DA GREVE
31/05 REUNIÃO COM O COMANDO DE GREVE AUGUSTO MEIRA 17:00
01/06 Ato em frente à ALEPA 10:00
01/06 ASSEMBLEIA GERAL CENTRO SOCIAL DE NAZARÉ 17:00
Fonte: http//www.sintepp.org.br
GOVERNO ANA JÚLIA REPROVADO MAIS UMA VEZ!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Inscrição dos professores – de 02/03 a 14/05/2010
Poderão se inscrever professores que lecionem para alunos dos: 5º, 6º, 7°, 8º e 9º anos (4ª, 5ª, 6ª, 7º e 8ª séries) do Ensino Fundamental e nas classes de aceleração equivalentes e 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. O professor poderá se inscrever nas seguintes categorias, de acordo com o ano escolar de seus alunos:
Categorias/ Anos escolares participantes
Poema - 5º e 6º anos/4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental
Crônicas - 9º ano/8ª série do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio
Artigo de opinião - 2º e 3º anos do Ensino Médio
O professor poderá se inscrever em quantas categorias desejar e em mais de uma escola. É importante que a inscrição seja negociada com o diretor da escola. A inscrição é gratuita e, ao se inscrever, o professor declara que o diretor da escola está ciente de sua inscrição. Caso a rede de ensino a qual sua escola pertence não tenha efetivado a adesão, sua inscrição será guardada e validada após a adesão da rede.
A inscrição é gratuita e realizada exclusivamente pela Internet. A ficha de inscrição eletrônica está disponível para preenchimento e envio nos seguintes endereços eletrônicos:
www.mec.gov.br;
www.fundacaoitausocial.org.br;
www.cenpec.org.br;
www.escrevendoofuturo.org.br.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Autora: Heloisa Amaral
Houve um tempo em que oral e escrita eram consideradas modalidades opostas da língua. Hoje, sabe-se que ambas as modalidades constituem uma continuidade e que fica difícil demarcar os limites entre elas. Uma palestra, por exemplo, considerada um gênero da oralidade, é uma exposição preparada previamente com leituras e anotações escritas; um bilhete, por outro lado, é uma breve anotação escrita a partir de uma situação de comunicação corriqueira que, se ambos os interlocutores estivessem presentes, seria feita oralmente.
1. Ensino de gêneros orais
Desde a publicação dos PCN, no final da década de 1990, as diversas propostas curriculares propõem o ensino de gêneros orais. Mas, quais gêneros orais ensinar? Aqueles que, embora apresentados oralmente, dependam da escrita para existir: peças de teatro, palestras, exposições em seminários, peças de argumentação em júri simulado, entrevistas, reportagens de TV simuladas, contação de histórias de tradição oral, sarau de poemas etc.
Os seminários, entre os gêneros apontados, são um ótimo exemplo de gênero oral que precisa ser ensinado e quase nunca o é. Como não é ensinado, o costume é dizer aos alunos: “Sobre este assunto, organizem um seminário. Dividam-se em grupos e apresentem no dia tal.” Essas orientações, insuficientes, costumam resultar numa sensação de perda de tempo para todos os envolvidos. Com isso, esse gênero - instrumento importante para o desenvolvimento de apresentações orais organizadas, necessárias para atividades escolares e não escolares - muitas vezes é deixado de lado.
Para que gêneros orais mais formais se tornem instrumento do domínio consciente de atividades de linguagem, eles precisam ser apoiados em pesquisa bibliográfica, ou seja, em gêneros escritos. Além disso, é necessária a organização prévia, por escrito, do que se vai dizer oralmente. Sem essa dupla relação com os gêneros escritos, os seminários não terão sucesso. É claro que os alunos também precisam ser orientados sobre entoação, interação ativa com os demais alunos durante a exposição do tema do seminário, uso de material de apoio apropriado (como cartazes, gráficos...) etc. Mas sem a leitura prévia de textos de pesquisa e de anotações escritas, o seminário não resultará em aprendizagem para quem o apresenta ou ouve.
2. Aula expositiva como exemplo gênero de discurso oral
Vamos tomar como exemplo da continuidade que ocorre entre gêneros orais e escritos as aulas expositivas comuns que ocorrem no ensino fundamental ou médio e que o professor usa com frequência e conhece muito bem. Esse gênero, aparentemente “oral”, demonstra claramente como oralidade e escrita não são dois campos separados por um abismo.
Para que este gênero de discurso exista (como ocorre com todos os demais infinitos gêneros existentes), é preciso haver alguns elementos “estáveis” na situação de comunicação que lhe dá origem. No caso da aula expositiva, os seguintes:
a) alunos e professores apoiados por material escrito e para a escrita;
b) conteúdos, procedimentos, competências a serem ensinados/aprendidos e objetivos a serem alcançados, previamente determinados por escrito;
c) tempo e espaço previstos em planejamento prévio, registrados por escrito para que não se perca o ritmo no ano letivo (conteúdos, atividades, ensino e aprendizagem são regulados em currículos organizados a partir de espacialidade/temporalidade pré-determinadas);
d) atividades propostas, oralmente e por escrito, para que os objetivos se realizem;
e) espaço de interação social, uma “esfera de comunicação”, no caso, a escola, relacionada a todos os órgãos públicos que controlam seu funcionamento;
f) uma exposição oral que considere todos os elementos já citados, feita de forma ordenada e com intenção pedagógica.
Como os elementos acima sempre se repetem de uma forma ou de outra quando há aula expositiva, os interlocutores já esperam o gênero de discurso por eles determinado. É pela repetição desses elementos que o gênero adquire características estáveis as quais permitem sua identificação imediata por todos que, em algum momento de suas vidas, tenham frequentado a escola. Sendo identificado o gênero, os interlocutores também identificam seus papéis e, assim, a comunicação tende a ser bem sucedida.
É importante observar que a situação de comunicação da aula expositiva está relacionada a diversas outras situações anteriores. Ela não brota do acaso. O mesmo se pode dizer dos demais gêneros orais e escritos: não são conteúdos escolares isolados, são socialmente produzidos e, quando têm relevância para a constituição do domínio da língua, precisam ser ensinados.
Ensino de gêneros orais
O primeiro passo para o ensino bem sucedido de gêneros orais é a seleção daqueles que precisam ser ensinados. Escolhido o gênero oral a ser ensinado, o professor deve proceder como no momento que organiza sua aula expositiva, identificando todos os elementos estáveis que determinam a ocorrência do gênero que quer ensinar, refletindo sobre esses elementos e analisando-os com os alunos.
Nesse momento, é preciso perguntar, por exemplo: Quais os elementos da situação de comunicação de uma peça de teatro? Quais os elementos da situação de comunicação de um sarau de poemas? E de um júri? Como no caso da aula expositiva, verificar-se-á que a situação de comunicação própria do gênero está socialmente ligada a várias outras situações das quais ele depende.
Ao levantar esses elementos com os alunos, reforçando os aspectos de oralidade sem esquecer o apoio na escrita, eles tomarão consciência da situação em que se envolverão e terão melhores resultados no uso dos gêneros orais como valiosos instrumentos para o domínio da língua.
Leia também a resenha do artigo “Linguagem oral na escola em tempo de redes ”
Publicado em: 19/03/2009 na Comunidade Escrevendo o Futuro
terça-feira, 2 de março de 2010
O gênero memórias literárias
Memórias e escola
Autoras: Anna Helena Altenfelder e Regina Andrade Clara
O trabalho com memórias que o Escrevendo o Futuro propõe para as escolas procura resgatar, por meio do encontro com as memórias de pessoas mais velhas, a história da comunidade onde essas pessoas vivem.
O trabalho com lembranças oferece um meio eficiente de vincular o ambiente em que as crianças vivem a um passado mais amplo e alcançar uma percepção viva do passado, o qual passa a ser não somente conhecido, mas sentido pessoalmente. Por isso, o trabalho com a memória da comunidade não pode se restringir à recuperação de um passado morto e enterrado dentro de uma abordagem pitoresca ou nostálgica, como se só o que já passou fosse bom e tivesse valor. Trata-se, antes, de resgatar memórias vivas das pessoas mais velhas que, passadas continuamente às gerações mais novas pelas palavras, pelos gestos, pelo sentimento de comunidade de destino, ligam os moradores de um lugar.
Recuperar essa história, entre outras coisas, estimula professores e alunos a se tornarem companheiros de trabalho, permite mostrar o valor de pessoas que vêm da maioria desconhecida do povo, traz a história para dentro da comunidade ao mesmo tempo em que extrai história de dentro dela, propicia o contato entre gerações e pode gerar um sentimento de pertencer ao lugar onde se vive, contribuindo para a formação de seres humanos mais completos e para a constituição da cidadania.
Os processos da memória
Em nosso cotidiano, quando acionamos a memória, estamos sempre fazendo uma relação entre o que está acontecendo agora e o que já aconteceu. Ou seja, a memória do que já aconteceu está sempre presente no que está acontecendo. São exemplos desse fato: lembrar-se do que não tem no armário da cozinha para ir fazer compras no supermercado, lembrar-se do itinerário para ir a algum lugar, lembrar-se do que já está feito em nosso trabalho para começar uma outra etapa, etc. Há outras situações em que a memória surge por meio de perguntas que fazemos ou que fazem para nós e que nos remetem ao passado. Em outros momentos, a memória é despertada por um objeto, um cheiro, uma situação. Ao utilizar a memória, sempre fazemos um jogo do "agora" com o "ontem", do "aqui" com o "lá".
Escrever memórias
Rememorar pode ser algo corriqueiro, que fazemos sem sentir ou pensar. Há momentos, porém, em que nossas memórias são provocadas por situações de comunicação mais formais, como em uma entrevista, por exemplo, em um depoimento que se dá sobre um fato que atingiu a comunidade. A linguagem que usamos nessas situações, ou seja, os gêneros utilizados para rememorar, também são mais formais. São exemplos: a escrita de um relatório de trabalho, de um currículo, de um questionário a ser respondido numa consulta médica, a escrita de uma biografia ou de um livro de memórias literárias.
O gênero memórias literárias
Memórias literárias são textos produzidos por escritores que dominam o ato de escrever como arte e revivem uma época por meio de suas lembranças pessoais. Esses escritores são, em geral, convidados por editoras para narrar suas memórias de um modo literário, isto é, buscando despertar emoções estéticas no leitor, procurando levá-lo a compartilhar suas lembranças de uma forma vívida. Para isso, os autores usam a língua com liberdade e beleza, preferindo o sentido figurativo das palavras, entre outras coisas. Nessa situação de produção, própria do gênero memórias literárias, temos alguns componentes fundamentais:
• um escritor capaz de narrar suas memórias de um modo poético, literário;
• um editor disposto a publicar essas memórias;
• leitores que buscam um encontro emocionante com o passado narrado pelo autor, com uma determinada época, com os fatos marcantes que nela ocorreram e com o modo como esses fatos são interpretados artisticamente pelo escritor.
A situação de comunicação na qual o gênero memórias literárias é produzido marca o texto. O autor escreve com a consciência de que precisa encantar o leitor com seu relato e que precisa atender a certas exigências do editor, como número de páginas, tipo de linguagem (mais ou menos sofisticada, por exemplo, dependendo da clientela que o editor procura atingir).
O escritor de memórias literárias
O escritor de memórias literárias tem a capacidade de recuperar suas experiências de vida, verbalizando-as por meio de uma linguagem na qual é autoridade. Mais do que lembrar o passado em que viveu, o memorialista narra sua história, desdobrando-se em autor e narrador-personagem. São exemplos de autores que escreveram suas memórias Gabriel Garcia Marques e Zélia Gattai, só para citar dois mais recentes.
À medida que escreve seu texto, o escritor-autor-narrador organiza as vivências rememoradas e as interpreta, usando uma linguagem específica - a literária. Nas memórias literárias, o que é contado não é a realidade exata. A realidade dá sustentação ao texto escrito, mas esse texto é constituído, também, por uma certa dose de inventividade. Por um lado, as memórias literárias se aproximam dos textos históricos quando narram a realidade vivida; por outro lado, aproximam-se do romance porque resultam de um trabalho literário.
Como já se disse acima, ao escrever suas memórias, o autor se desdobra em narrador e personagem, num jogo literário muito sutil, narrando os fatos de uma época, olhando-a do ponto de vista de observador geral dos momentos que narra, mas também olhando para si mesmo como personagem que viveu os acontecimentos narrados, recriados pelas lembranças suas e dos outros. É possível reconhecer quando o autor se coloca como narrador das memórias pelo uso da primeira pessoa: "eu me lembro", "vivi numa época que...". Podemos reconhecer o narrador-personagem nas memórias quando o autor descreve suas sensações e emoções narrando fatos dos quais ele é o centro, mas que envolvem outros personagens das memórias. Veja os exemplos, retirados de "Viver para contar", de Gabriel Garcia Márquez: "Minha mãe disse assim: `Que bom que você ficou amigo de seu pai.'" e "O zelador riu da minha inocência". Quando é narrador, o autor fala das lembranças como um todo; quando é narrador-personagem, fala de si, muitas vezes pela voz de outros personagens que evoca.
Como, ao utilizar a memória, sempre se faz um jogo do "agora" com o "ontem", do "aqui" com o "lá", o texto narrado ficará marcado por esse vai e vem, com uma contínua comparação do passado com o presente. Uma vez que o autor lembra, ele usa verbos que expressam o ato de lembrar para mostrar esse vai-e-vem da memória: "rememorar", "reviver", "rever". Esses verbos são usados, ora no presente ("Eu me lembro..."), ora no pretérito ("Eutásia lavava e passava minhas roupas..."). Usa pronomes possessivos ou oblíquos da primeira pessoa: "Minha casa naquela época...", "Meu avô que era carpinteiro...", "Lembro-me com saudade...", "Fizeram-me jurar que...". O autor, por exemplo, retoma palavras utilizadas na época evocada (vitrola, flertar), usa expressões que ajudam a localizar o leitor no momento em que os fatos ocorreram ("Naquele tempo", "Em 1942"). Além disso, ele traz para o texto falas, vozes de outras personagens ("D. Mariquinha dizia que moça de família não devia se pintar"), muitas vezes em forma de diálogos que movimentam e animam o texto.
O aluno autor de memórias literárias
Narrar memórias é uma habilidade que se aprende. Depois de recolher memórias das pessoas mais velhas da comunidade, os alunos podem reconstruir/recriar essas memórias, sem precisar fazer uma transcrição exata da realidade, pois o ato de narrar é sempre uma criação. Quando se narra um acontecimento de forma literária, o imaginário do narrador atua sobre as memórias recolhidas transformando-as. Ao transformá-las procurando dar-lhes uma "vida" da qual o leitor possa compartilhar, o narrador destaca alguns aspectos mais envolventes e suprime outros.
A aventura de escrever memórias literárias é uma experiência muito rica. A princípio parece não ser fácil, mas, com a ajuda do professor, os alunos poderão aprender a ler e escrever esse gênero de texto tão importante para sua formação.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Autora: Heloisa Amaral - Mestre em educação e pesquisadora do Cenpec
A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro propõe que o ensino de língua seja feito na perspectiva dos gêneros textuais. Essa proposta de ensino está inspirada nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Nesse documento, a orientação para o ensino de língua parte da concepção de devemos ensinar a língua em seu funcionamento cotidiano, isto é, no modo como ela acontece todos os dias nas diferentes situações de comunicação em que as pessoas estão envolvidas.
Os gêneros textuais são os instrumentos que usamos para nos comunicar nessas diferentes situações de comunicação. Por exemplo, é muito comum que estejamos envolvidos numa situação cotidiana como esta:
-Bom dia, Marlene.
-Bom dia! Como passou de ontem?
- Bem, e você?
Como a situação se repete, nosso modo de comunicação também se repete. As duas pessoas envolvidas nessa interação já sabem como começar a conversa, quem precisa começar, como dar as réplicas. Como o ser humano é um ser que se comunica por meio da língua, dos sons e dos gestos, cada situação de comunicação adquire um "tom" particular, uma espécie de musicalidade, que sabemos como entoar porque usamos com muita frequência. É essa repetição contínua das situações de comunicação que vai marcando os diferentes gêneros de discurso ou gêneros textuais que usamos. Ou seja, podemos dizer que nenhum gênero de texto nasce, como se diz, "sem pai nem mãe". Todos têm suas origens marcadas por alguma situação de comunicação que acontece em alguma área de atividade humana.
Nas diferentes situações de comunicação existem gêneros que são tão comuns que todos conhecem desde que começam a interagir com as demais pessoas, mesmo antes de começar a falar. É o caso do gênero "conversa entre mãe e filho". Esses gêneros de discurso do dia-a-dia não precisam ser ensinados na escola. Existem outros que são mais especializados porque são produzidos em situações de comunicação mais técnicas, mais profissionais, ou mais artísticas, mais científicas. Esses são os que a escola precisa ensinar.
Hoje, vamos refletir sobre um dos gêneros textuais que, pensamos, deve ser ensinado na escola, o artigo de opinião. Ele está entre os gêneros textuais utilizados quando alguém quer convencer os demais sobre uma determinada posição numa questão que causa polêmica. Como todos os demais gêneros que existem, o artigo de opinião tem uma origem. Como o artigo de opinião é um gênero jornalístico, para entendê-lo é preciso entender o funcionamento do jornal em seu lugar de origem, as empresas jornalísticas.
Uma das coisas que se sabe sobre os jornais, é que eles contribuem para formar mentalidades. O Manual de Redação da Folha de S. Paulo, um dos principais jornais do país, afirma, sobre esse assunto, que "o jornal (...) é um órgão formador de opinião. Sua força se mede pela capacidade de intervir no debate público e, apoiado em fatos e informações exatas e comprovadas, mudar convicções e hábitos."
Assim, a Folha de São Paulo e os demais jornais assumem publicamente sua função: intervir no debate público, isto é, nas grandes discussões que envolvem o público, e mudar as opiniões das pessoas. Os jornais fazem isso por meio das notícias e dos artigos de opinião que publicam.
As notícias, que são a razão de ser dos jornais, ocupam grande parte deles e devem ser "verdadeiras", isto é, apoiadas em fatos e informações precisos, isentas de opinião. É claro que isso é muito relativo, porque ninguém consegue dizer alguma coisa sem denunciar, de alguma forma, o que pensa sobre o que diz...
Como as notícias publicadas devem ser isentas de opinião sobre os fatos noticiados, a opinião sobre eles vai aparecer nos artigos. Eles são escritos por pessoas influentes na sociedade, sobre os debates criados pela leitura das notícias que circularam no jornal em dias anteriores. Os articulistas, por serem pessoas respeitadas, podem, com suas palavras, influenciar ou mesmo mudar convicções e hábitos dos leitores.
Para atingir sua finalidade, convencer os leitores da importância da opinião do articulista, os artigos de opinião são organizados como uma espécie de discussão entre pontos de vista diferentes sobre polêmicas que as notícias causaram. Eles são planejados para que a opinião do autor pareça ser a mais correta, a mais importante, enquanto as opiniões contrárias a ela são desvalorizadas.
Separando as notícias das opiniões, o jornal atinge duas finalidades: a noticia traz fatos apoiados em informações comprovadas e os artigos procuram mudar a opinião, convicções e hábitos dos leitores.
Publicado em: 01/02/2007
Atualizado em: 27/07/2009 - Comunidade Escrevendo o Futuro
Leituras - Artigos
Escrito por Belisario Retto de Abreu
28-Jan-2010
Autora: Heloisa Amaral
O homem não faz nenhuma ação em sociedade, por mais simples que seja, sem se comunicar. As atividades humanas têm semelhanças entre si e podem ser agrupadas: áreas específicas de cada um dos trabalhos que a humanidade faz, área das atividades cotidianas, área religiosa. Cada área de atividade humana tem sua linguagem própria, com gêneros textuais próprios. A língua, vista dessa maneira, é viva, porque se transforma continuamente quando é usada nas comunicações entre as pessoas. Ao ensinar a ler e a escrever, é possível trabalhar com a língua viva, como é usada no dia-a-dia.
Esse modo de ver o ensino de língua é muito diferente do tradicional. Nos procedimentos tradicionais, a língua é tratada como uma coisa morta, dividida em partes. O aluno aprende sílabas numa época, substantivos na outra, análise sintática mais tarde. As aulas de gramática não são ligadas com as aulas de redação. As aulas de redação parecem não ter nada a ver com a aprendizagem de leitura. As capacidades de leitura são consideradas "naturais", como se, ao aprender a decifrar as letras e as sílabas, o entendimento de todo e qualquer texto estivesse garantido. Essa divisão do ensino de língua em gramática e ortografia, redação e leitura torna as aulas estáticas e o aprendizado segmentado. O aluno não vê ligação entre as partes, é uma língua que não está em funcionamento nos momentos de comunicação. É apenas um objeto de estudo.
Ao ensinar uma diversidade de gêneros na escola, por mais simples que eles sejam (como uma receita culinária, por exemplo), todas as palavras e letras ganham significação. A leitura, a gramática, a ortografia e até mesmo a produção escrita assumem sentido porque estão ligados pelo uso. O aprendizado da língua deixa de ser fragmentado e o ensino de ortografia e gramática é associado aos procedimentos para ampliar o letramento dos alunos. Sabemos que, se o aluno não sair da escola com um bom grau de letramento, não estará preparado para compreender o mundo.
Um bom grau de letramento é conseguido quando dominamos muitos gêneros textuais. Isso acontece porque os gêneros são representativos das áreas de atividade humana em que são produzidos e com as quais temos que entrar em contato cotidianamente, de modo direto ou indireto.
Um bom parâmetro para ter uma idéia de como temos que lidar com muitas áreas de atividades humanas todos os dias, de uma maneira ou de outra, é a programação da televisão (que é uma ampla área de atividade humana), com qual nós e nossos alunos temos contato muitas horas por dia. Essa programação pode ser usada como um "painel" para observarmos quanto precisamos nos apropriar de diferentes gêneros para compreendermos o que é transmitido e sermos críticos em relação às idéias que nela circulam. Ao ver a notícia de uma manifestação pública contra um chefe de estado, por exemplo, não basta que o aluno grave na memória quem participou dela, onde aconteceu. É preciso que ele entenda as ligações que esse acontecimento tem com a política internacional, com a economia, com a vida em sociedade. Ser letrado, então, não é somente ser capaz decifrar um bom número de textos orais ou escritos, é a capacidade de compreender as informações que esses textos trazem e de fazer relações entre elas.
Então, podemos dizer que precisamos de um alto grau de letramento para assistir televisão com proveito. Isso acontece porque, embora transmitidos oralmente, os gêneros que dão origem aos programas de TV são preparados anteriormente por escrito. Todos os programas têm um roteiro escrito como base. Muitas vezes são inspirados em livros de todos os tipos, ou em leis, ou em gêneros médicos, ou em receitas culinárias, ou em artigos esportivos e regras de jogo, outras vezes reproduzem os gêneros que circulam em jornais impressos. Ou seja, a escrita fundamenta todos os programas da televisão.
Os exemplos acima mostram como as áreas de atividade humana e suas linguagens se interpenetram e como os gêneros textuais próprios de cada uma delas podem circular também em outras áreas, pelo fato dos homens viverem em sociedade e circularem por diferentes áreas de produção de linguagem, “carregando” os gêneros para lá e para cá, para servirem às suas necessidades de comunicação.
Com o exemplo da necessidade de alto grau de letramento para ver televisão, podemos avaliar quanto precisa ser alto o grau de letramento para que possamos exercer plenamente nossa cidadania.
Os gêneros textuais e o ensino de língua
Se os gêneros textuais são tão importantes para o letramento e para a cidadania, mas são em número infinito, quais devemos escolher para incluir no currículo escolar? A primeira reflexão que precisamos fazer é que muitos deles não precisam ser ensinados na escola e outros precisam ser ensinados na escola.
Os gêneros cotidianos como os da área familiar, por exemplo, não precisam ser ensinados de forma sistemática. São aprendidos no uso, com a interação com adultos que os dominam. Estão nesse caso as fórmulas de gentileza como dizer bom dia, obrigado, como vai, etc., que os pais costumam ensinar aos filhos. Já os gêneros das áreas mais especializadas, como a literária, ou a jornalística, precisam de ensino sistematizado.
De um modo geral, em situações de comunicação informais, cotidianas, usamos gêneros que não precisam de muito planejamento para ocorrer. Esses gêneros são os que chamamos de
gêneros primários e não precisam de ensino escolar para que os alunos os aprendam.
Como exemplos de áreas de atividade humanas mais especializadas, que produzem gêneros que precisam de planejamento para existir, podemos citar a área de produção literária, a área jornalística, a área jurídica, a área científica, médica, a publicitária, etc. Os gêneros mais formais dessas áreas de atividade humana são chamados de gêneros secundários. Para serem apreendidos, esses gêneros precisam de ensino escolar.
São áreas de atividade humana que produzem gêneros que a escola precisa ensinar:
1 ̵ Área literária
O domínio dos gêneros literários é muito importante porque eles dão ao aluno conhecimento de mundo de forma agradável e ao mesmo tempo profunda. Na área literária, embora os gêneros sejam muitos e diversos, vamos encontrar situações de comunicação e de produção de linguagem semelhantes: escritores produzindo textos com a finalidade de encantar, divertir ou fazer pensar seus leitores. São gêneros literários os contos dos mais diversos tipos, os romances, as crônicas, os poemas, as memórias, por exemplo. A escola básica ensina esses gêneros há muito tempo, embora não use, em geral, a metodologia da seqüência didática que o Escrevendo o Futuro vem usando.
2 – Área jornalística
Os gêneros jornalísticos são imprescindíveis para o letramento. Nessa área, as comunicações humanas são muito abrangentes, unindo, de certa forma, pessoas dos mais diferentes países e regiões, possibilitando uma visão ampla do mundo. Nessa área, encontramos gêneros como notícias, reportagens, artigos de opinião, crônicas jornalísticas, editoriais, entrevistas, debates e muitos outros. Os gêneros da área jornalística são ensinados nas escolas com bastante freqüência nas últimas décadas, porque se acredita que pessoas desinformadas não têm condição de exercer plenamente sua cidadania.
3 – Área jurídica
Os gêneros dessa área são muito relevantes a vida social. Nela, vamos encontrar promotores, juízes, advogados, escrivães, produzindo gêneros como contratos, peças de defesa para tribunais, artigos de lei, etc., que permitem às pessoas regularem seus atos como cidadãos e seus negócios. As pessoas comuns estão o tempo todo assinando contratos jurídicos, como os de aluguel ou de financiamento para compras de eletrodomésticos. Muitas vezes estudamos gêneros jurídicos com os alunos. É o caso do estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente e do estudo de contratos. Estudando gêneros jurídicos, os alunos podem compreender melhor seus direitos e lutar por eles.
4 – Área publicitária
Gêneros dessa área vêm freqüentando há algum tempo os manuais escolares. Seu estudo é importante para a formação do espírito crítico, da reflexão sobre o consumismo que aliena as pessoas, para a defesa do consumidor.
5 – Área científica
Gêneros textuais provenientes da área científica são indispensáveis na escola. Aliás, podemos dizer que a escola existe há muito tempo porque sempre foi consenso de que tanto eles como os gêneros literários necessitam muito trabalho de ensino para que os alunos os aprendam. Para lê-los e estudá-los com proveito, os alunos precisam desenvolver capacidades de leitura especiais, já que esses são gêneros produzidos juntamente com pesquisas científicas muito elaboradas, o que pode torná-los distantes demais do aluno. Estão nesse caso os enunciados de problemas, os textos de ciências, de história ou geografia. Os professores dessas áreas precisam conscientizar-se de que, sem sua participação no ensino de leitura dos gêneros específicos, os alunos pouco irão aprender em suas disciplinas.
6 – Outras áreas
Há esferas em novas atividades humanas e novos gêneros se impõem pela abrangência e amplidão que seu uso tem. Uma dessas esferas de atividade novas, a Internet, por exemplo, trouxe gêneros como o blog, o e-mail ou a linguagem abreviada usada nas salas de bate-papo. É importante refletir sobre o uso dos gêneros da Internet na escola, uma vez que adolescentes e até mesmo crianças usam esses gêneros cotidianamente. Uma outra área importante é a área médica. Conhecer seus gêneros, como bulas e receitas, ou mesmo artigos médicos sobre doenças transmissíveis é importante para a defesa da saúde.
Poderíamos continuar a nomear gêneros e esferas sem encontrar um fim para isso porque enquanto houver novas esferas de atividade humana, novos gêneros estarão nascendo. O importante desta reflexão, porém, é que o professor se conscientize de que é preciso diversificar o ensino de gêneros textuais na escola para ampliar as capacidades de leitura e escrita de seus alunos. Dominar diversos gêneros dessas importantes esferas que comentamos permite que o aluno se comunique com elas com facilidade.
Assim, quanto mais gêneros estudarmos com eles, mais estaremos contribuindo para que seu grau de letramento se amplie e mais estaremos contribuindo para que eles sejam cidadãos mais conscientes e atuantes.
Publicado em: 08/03/2007 na Comunidade Escrevendo o Futuro
COMUNIDADE ESCREVENDO O FUTURO
JANEIRO
18 a 22 - Jornada Pedagógica.
21 - Início do período letivo.
29 - Aniversariantes do mês.
30 - Dia da Não Violência.
FEVEREIRO
1 a 5 - Reunião de pais.
22 a 26 - Semana de Integração - Vivenciando a Amizade / Roda de conversa: Eleição para Representante de turma.
26 - Aniversariantes do mês.
* Palestra sobre o ECA.
* Atividade extraclasse.
MARÇO
1 a 4 - Semana de preparação: eleição de representantes de turma.
5 - Eleição de representante de turma.
8 - Dia internacional da mulher.
10 - Posse do representante de turma.
12 - Comemoração do Dia da Poesia (Sala de Leitura/Biblioteca).
15 - Dia da Escola / Dia mundial do consumidor.
19 - Dia da família na escola.
26 - Reunião (Revitalização do PPP)
30 - Aniversariante do mês.
31 - Culminância do período.
As atividades na escola Palmira Lins de Carvalho para o ano letivo de 2010 serão desenvolvidas em quatro períodos. Cada um destes períodos está fundamentado num tema cuja inspiração veio do Referencial Curricular para a Educação Nacional, em seus Parâmetros Curriculares. Desta forma, todas as ações da Escola estarão direcionadas para a construção de um valor, esquematicamente representado a seguir:
1º Período (jan, fev e mar) - VIVENCIANDO A ÉTICA.
2º Período(abril, maio e jun) - VIVENCIANDO O MEIO AMBIENTE.
3º Período (agosto, set, out) - VIVENCIANDO A SAÚDE E A ORIENTAÇÃO SEXUAL.
4º Período ( nov e dez) - VIVENCIANDO A PLURALIDADE CULTURAL.
A cada período, será realizada uma culminância, a qual representará um momento precioso para avaliarmos as ações desenvolvidas.
A conclusão deste projeto ocorrerá no final do ano letivo, momento em que acontecerá uma Mostra Cultural, na qual será apresentado o acervo material e intelectual produzido por nossos alunos no decorrer do processo ensino-aprendizagem.